— Ei, Pé de Garrafa!
— O que, Matilda? — grunhiu o monstro.
— Que tal fazer uma aliança? — perguntou a vilã.
— Hum... Que tipo de aliança? — indagou Pé de Garrafa.
— Ora, sua besta! — disse ela, batendo em pé de garrafa. — Uma aliança pra pegar o Cristal!
Isso fez o monstro sorrir, e os dois vilões começam a discutir a aliança. Enquanto isso, Carocha sai da gruta, com um pote de barro nas mãos. A barata planeja pegar a fadinha Tambelina. NO SÍTIO! Carocha chega e espia pela janela da cozinha. Lá dentro, está Tambelina, ajudando Tia Nastácia com os bolinhos. Sem que a fada perceba, Carocha a agarra e a joga no pote de barro.
— Dona Carochinha! — grita a fadinha, horrorizada.
Tia Nastácia pega logo a vassoura, pronta para dar uma lição na barata e salvar sua assistente. Mas a malvada é mais rápida, e joga pó de sono na cozinheira. Nastácia cai em sono profundo imediatamente. Tambelina fica desesperada, e a barata ri e sai voando. Polegar e D. Benta entram na cozinha e veem Tia Nastácia caída no chão da cozinha.
— Nastácia! — grita a amiga, desesperada.
— Tia Nastácia! Tia Nastácia, acorda! — gritou o homenzinho. A cozinheira acorda e começa a se lembrar de tudo!
— Ai meu São Jorge! — exclamou a cozinheira. — Polegar, corra! Corra, Polegar! Aquela barata cascuda... ela raptou a sua esposa, Polegar! Você precisa salvá-la, homem de Deus.
— Dona Carochinha — murmura Polegar, cerrando os dentes. — Ah, mas isso não vai ficar assim, sua tirana.
NA MATA DOS TAQUARUÇUS! Carocha ri da sua vitória, e ela diz para uma Tambelina em prantos:
— Você nunca mais vai me escapar, sua peste!
— Vai sim, Dona Carocha! — grita uma voz. Carocha mal se vira e já é atacada por bicadas. É o Polegar, montado em um pica-pau amarelo! Ele veio salvar sua amada! A megera em forma de barata vai ao chão, e deixa o pote cair, e ele se quebra.
— NÃO!!!!!!!!!!!! — grita a barata, chorando.
— Meu amor! — diz Tambelina, correndo para os braços de Polegar e montando no pica-pau, que levanta voo. — Você veio me salvar!
— E você pensou que eu não viria? Eu te amo, Tambelina, amor da minha vida! — eles se beijam apaixonados.
NO SÍTIO! Emília está prestes a abrir o ovo que tem a chave para o mistério, quando Cuca chega.
— Tire as mãos do meu ovo, sua boneca de trapo! — grita a jararaca. Mor fica ao longe, assistindo, como sua amada odiada ordenou.
— Alto lá, sua jacaroa bruxona feiosa! Esse ovo é meu! E o Cristal dos Sonhos também, ouviu, ou a madame é surda? — berrou Emília.
— Ora, sua boneca! Você vai me pagar por estes desaforos e malcriações! Vou acabar com você de uma vez por todas!
Emília se assustou ao ver Cuca erguer um enorme facão, muito parecido com o que Barba-Azul usava para matar suas mulheres curiosas e mexeriqueiras. A bruxa ri enlouquecida, e seus olhos ficam vermelhos, seus cabelos se soltam do penteado elegante, e as garras crescem, parecendo ainda mais com as de um gavião.
— Sua hora chegou! — cantarolou a bruxa. Visconde, Pedrinho e Narizinho não estavam mais por perto, tinham ido lanchar. — Vá dizendo suas últimas palavras, pano de chão que ganhou vida! E reze para Papai do Céu aceitar uma atrevida como a senhora dona marquesa lá no céu! HAHAHAHAHAHAHAHAHAH! Ai, como eu sou bandida!!!!!!
A boneca recua até uma jaqueira, agarrada ao ovo. Cuca encosta a faca no peito de Emília e está pronta para enfiá-la, rindo da vida, quando uma jaca cai em cima dela. A bruxa desmaia, e Mor pensa em terminar o serviço por ela, mas saberia que sua namorada ficaria zangada com ele e rogaria uma praga em cima dele. Então ele deixa Emília fugir com Narizinho, Pedrinho, o casal Polegar e Visconde, e só depois vai socorrer sua amada odiada.
— Cuca, meu amor! Acorde, Bela Lady Cuca, senhora e rainha destas matas e a mais poderosa bruxa que já se teve notícia, acorde se não eu me mato com o veneno da mais poderosa droga feita das mais venenosas ervas do coração da selva africana.
Cuca acordou, e quis logo ir atrás do ovo da galinha. Reuniu seus aliados e foi procurar os nossos heróis na floresta. NA FLORESTA! Emília abre o ovo que tem dentro a chave do mistério...
CONTINUA...
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